Parece que só conseguimos entender o sofrimento.
Temos uma capacidade incrível em detectar dores, remorsos, feridas. Não percebemos que a vida é equilíbrio, e que os milagres que passam despercebidos podem nos ajudar muito.
Que pena: Deus quer nos dar, e nós não conseguimos receber.
É preciso acostumar os olhos também para a beleza; porque ela é silenciosa, e só está disponível para o homem de boa vontade com a vida.
A árvore estava tão cheia de maçãs, que seus galhos não conseguiam se mexer com o vento.
“Por que não fazes barulho?”, perguntou alguém. “Meus frutos são minha melhor propaganda”, respondeu a árvore.
Provérbio citado em literatura árabe
Postado por Paulo Coelho em 16 de Dezembro de 2008 às 00:15 no blog do G1.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Dúvidas e medo...
Cuidado, muito cuidado...
Cuidado com seus pensamentos; eles se transformam em palavras.
Cuidado com suas palavras; elas se transformam em ações.
Cuidado com suas ações; elas se transformam em hábitos.
Cuidado com seus hábitos; eles moldam o seu caráter.
Cuidado com seu caráter; ele controla o seu destino.
Cuidado com suas palavras; elas se transformam em ações.
Cuidado com suas ações; elas se transformam em hábitos.
Cuidado com seus hábitos; eles moldam o seu caráter.
Cuidado com seu caráter; ele controla o seu destino.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Mulheres possíveis - Martha Medeiros
‘Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa e outra, leio livros.Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho. Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra. A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante’.
Martha Medeiros é uma jornalista e escritora brasileira. É colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa e outra, leio livros.Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho. Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra. A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante’.
Martha Medeiros é uma jornalista e escritora brasileira. É colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro.
domingo, 30 de novembro de 2008
Poda e poder
Aprendi com as primaveras a me deixar cortar para voltar sempre inteira.
Cecília Meireles
Cecília Meireles
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
“Revolução da Alma”, Aristóteles, 360 A.C
Ninguém é dono de sua felicidade, por isso: não entregue sua alegria, sua paz e sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém!
Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, das vontades ou dos sonhos de quem quer que seja.
A razão da sua vida é você mesmo.
A sua paz interior é a sua meta de vida.
Quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remeta seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você.
Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você. Não coloque objetivos longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje.
Se anda desesperado por problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, busque em seu interior a resposta para acalmar-se.
Você é reflexo do que pensa diariamente.
Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que quer oferecer a você o melhor.
Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo, que está "pronto“ para ser feliz.
Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.
Critique menos, trabalhe mais.
E, não se esqueça nunca de agradecer.
Agradeça tudo que está em sua vida neste momento,
inclusive a dor. Nossa compreensão do universo ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.
A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.
Se você anda repetindo muito: “eu preciso tanto de você” ou, “você é a razão da minha vida” - cuide-se.
É lícito afirmar que são prósperos os povos cuja legislação se deve aos filósofos.
A inteligência é a insolência educada.
Nosso caráter é o resultado de nossa conduta.
Egoísmo não é amor, mas sim, uma desvairada paixão por nós próprios.
O homem sábio não busca o prazer, mas a libertação das preocupações e sofrimentos.
Ser feliz é ser auto-suficiente.
Seja senhor de sua vontade e escravo da sua consciência.
Aristóteles, filósofo grego, escrito em 360 A.C
Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, das vontades ou dos sonhos de quem quer que seja.
A razão da sua vida é você mesmo.
A sua paz interior é a sua meta de vida.
Quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remeta seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você.
Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você. Não coloque objetivos longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje.
Se anda desesperado por problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, busque em seu interior a resposta para acalmar-se.
Você é reflexo do que pensa diariamente.
Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que quer oferecer a você o melhor.
Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo, que está "pronto“ para ser feliz.
Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.
Critique menos, trabalhe mais.
E, não se esqueça nunca de agradecer.
Agradeça tudo que está em sua vida neste momento,
inclusive a dor. Nossa compreensão do universo ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.
A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.
Se você anda repetindo muito: “eu preciso tanto de você” ou, “você é a razão da minha vida” - cuide-se.
É lícito afirmar que são prósperos os povos cuja legislação se deve aos filósofos.
A inteligência é a insolência educada.
Nosso caráter é o resultado de nossa conduta.
Egoísmo não é amor, mas sim, uma desvairada paixão por nós próprios.
O homem sábio não busca o prazer, mas a libertação das preocupações e sofrimentos.
Ser feliz é ser auto-suficiente.
Seja senhor de sua vontade e escravo da sua consciência.
Aristóteles, filósofo grego, escrito em 360 A.C
Nuances do amor
O amor muda como as folhas das árvores no outono. E se eu for capaz de entender isto, serei capaz de amar.
Emily Bronte - no seu clássico livro “O morro dos ventos uivantes"
Emily Bronte - no seu clássico livro “O morro dos ventos uivantes"
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Do Controle
“De todas as coisas que existem, algumas estão ao nosso alcance, e outras não. Estão ao nosso alcance: o pensamento, os impulsos, o querer e o não querer - em uma palavra, tudo aquilo cujo resultado são nossas próprias ações.
Mas existem coisas que surgem sem que possamos interferir. Neste caso, é preciso saber olhar - com sabedoria - o que se passa. O que perturba o espírito do homem não são os fatos, mas o julgamento que fazem a respeito dos mesmos.
Não peça que tudo na sua vida siga o caminho de sua vontade.
Reze para que as coisas aconteçam como elas precisam acontecer - e verá que tudo é muito melhor do que você estava esperando”.
Epicteto, filósofo.
Mas existem coisas que surgem sem que possamos interferir. Neste caso, é preciso saber olhar - com sabedoria - o que se passa. O que perturba o espírito do homem não são os fatos, mas o julgamento que fazem a respeito dos mesmos.
Não peça que tudo na sua vida siga o caminho de sua vontade.
Reze para que as coisas aconteçam como elas precisam acontecer - e verá que tudo é muito melhor do que você estava esperando”.
Epicteto, filósofo.
domingo, 23 de novembro de 2008
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Motivação para a ação
Quanto mais quero fazer algo, menos considero o trabalho.
Richard Bach, Illusions.
Richard Bach, Illusions.
Viver não dói - Drummond
Definitivo, como tudo o que é simples,
nossa dor não advém das coisas vividas,
Por que sofremos tanto por amor?
Sofremos, não porque nossa mãe é impaciente conosco,
Sofremos, não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A dor é inevitável;
nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo muito feliz.
um tempo muito feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado
e passamos a sofrer pelas nossas projeções não realizadas,
por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos,
por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos...
Por todos os beijos cancelados ou postergados pela eternidade.
Sofremos, não porque nosso trabalho é desgastante, chato ou paga pouco,
mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo, para nadar, para namorar, para compartilhar com alguém que gostamos...
Sofremos, não porque nossa mãe é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando com ela nossas mais profundas angústias e ela estivesse interessada em nos compreender.
Certamente estaria…
Sofremos, não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos enunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Iludindo-nos menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento, faz perder também a felicidade.
A dor é inevitável;
o sofrimento é opcional.
Carlos Drummond de Andrade
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Teatro da Vida
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Charles Chaplin.
Charles Chaplin.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Ter sucesso...
Rir muito e com freqüência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu. Isso é ter tido sucesso.
Ralph Waldo Emerson
Ralph Waldo Emerson
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Tênis e Frescobol (Rubem Alves)
Depois de muito meditar sobre o assunto , concluí que os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: há os casamentos do tipo 'tênis' e há os casamentos do tipo 'frescobol'.
Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal.
Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: 'Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?'. Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.
Scherazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, e terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente: terminam na morte. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer.
Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E, contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: 'Eu te amo...'. Barthes advertia: 'Passada a primeira confissão, 'eu te amo' não quer dizer mais nada'. É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética.
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada - palavra muito sugestiva - que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...
A bola são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá... Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão, e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde. Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.
O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem cresce o amor... Ninguém ganha, para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...
'Rubem Alves, Escritor, Psicanalista, Doutor em Filosofia, Doutor em Teologia, Educador e muito bem inspirado
Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal.
Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: 'Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?'. Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.
Scherazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, e terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente: terminam na morte. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer.
Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E, contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: 'Eu te amo...'. Barthes advertia: 'Passada a primeira confissão, 'eu te amo' não quer dizer mais nada'. É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética.
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada - palavra muito sugestiva - que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...
A bola são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá... Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão, e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde. Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.
O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem cresce o amor... Ninguém ganha, para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...
'Rubem Alves, Escritor, Psicanalista, Doutor em Filosofia, Doutor em Teologia, Educador e muito bem inspirado
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Deixe a sua luz brilhar!!! - Mandela
"O nosso medo mais profundo, não é de que sejamos incapazes. O nosso medo mais profundo é que sejamos poderosos além da medida. É a nossa luz, não a nossa escuridão o que mais nos amedronta. Nós nos perguntamos. "Quem sou eu para ser brilhante, alegre, cheio de talentos e fabuloso?". Na verdade, quem é você para não ser tudo isso? Você é um filho de Deus. Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante no fato de se encolher para que outras pessoas não se sintam tão inseguras em torno de você. Nascemos para manifestar a glória de Deus que está dentro de nós. Ela está não só em alguns de nós, está em todos nós. E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos permissão aos outros para fazerem o mesmo. À medida que nos libertamos do nosso medo, a nossa presença automaticamente liberta outros."
Nelson Mandela - Discurso inaugural 1994
Nelson Mandela - Discurso inaugural 1994
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Críticas
"Toda crítica nada mais é do que uma opinião pessoal mascarada como verdade universal. Na grande maioria das vezes ela não serve para nada mais do que servir aos caprichos daquele que critica. Toda opinião que os outros dão sobre você representa a percepção deles, mas não representa quem você é. O perigo é quando você deixa que esta percepção alheia se torne a sua realidade".
Rhandy Di Stéfano - Coach
Rhandy Di Stéfano - Coach
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Excelência
"Nós somos aquilo que fazemos repetidas vezes, repetidamente. A excelência portanto não é um feito, mas um hábito."
ARISTÓTELES
ARISTÓTELES
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Responsabilidade sobre a própria felicidade
A maioria das pessoas é tão feliz quanto decide ser.
Abraham Lincoln - Sexto presidente dos EUA de 1861 a 1865 (1809 - 1865).
Abraham Lincoln - Sexto presidente dos EUA de 1861 a 1865 (1809 - 1865).
Felicidade e posses
Você não será feliz com mais até ser feliz com o que você já tem.
Viki King - Consultor de criatividade, escritor americano.
Viki King - Consultor de criatividade, escritor americano.
Sucesso
Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você conseguiu.
Dale Carnegie - Escritor americano, autor de "Como fazer amigos e influenciar pessoas" (1888 - 1955)
Dale Carnegie - Escritor americano, autor de "Como fazer amigos e influenciar pessoas" (1888 - 1955)
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Felicidade e harmonia
O que é a felicidade além da simples harmonia entre o homem e a vida que ele leva?
Albert Camus - Escritor argelino, prêmio Nobel, autor de O Estrangeiro (1913 - 1960)
Albert Camus - Escritor argelino, prêmio Nobel, autor de O Estrangeiro (1913 - 1960)
Felicidade
Felicidade é alguém para amar, algo para fazer e algo para aspirar.
Joseph Addison - poeta e dramaturgo inglês (1672 - 1719)
Joseph Addison - poeta e dramaturgo inglês (1672 - 1719)
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Julgamento
Quando você julga os outros, não os define. Define a si mesmo.
Wayne W. Dyer, escritor americano.
Wayne W. Dyer, escritor americano.
Provérbios
Falar sem pensar é atirar sem mirar.
Provérbio espanhol.
Caia sete vezes, levante-se oito.
Provérbio japonês.
Quem compra o que não pode, vende o que não deve.
Provérbio português.
Provérbio espanhol.
Caia sete vezes, levante-se oito.
Provérbio japonês.
Quem compra o que não pode, vende o que não deve.
Provérbio português.
Saudades de mim...
Sinto muita falta de mim quando tenho que fazer a vontade alheia.
Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro.
Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro.
Dinheiro
O que o dinheiro faz por nós não compensa o que fazemos por ele.
Gustave Flaubert, escritor francês.
Gustave Flaubert, escritor francês.
Caprichos
A única diferença entre um capricho e uma paixão eterna é que o capricho dura um pouco mais.
Oscar Wilde, escritor, poeta e dramaturgo irlandês.
Oscar Wilde, escritor, poeta e dramaturgo irlandês.
Sobre Rir
O mais perdido de todos os dias é aquele em que não se riu.
Sebastian Roch Nicolas Chamford, escritor.
Sebastian Roch Nicolas Chamford, escritor.
Cafajestes e anjos
Todos os cafajestes que conheci na minha vida eram uns anjos de pessoas.
Leila Diniz, atriz.
Leila Diniz, atriz.
Do Ridículo
O ridículo não existe, os que ousaram desafiá-lo de frente conquistaram o mundo.
Octave Mirbeau, jornalista e escritor.
Octave Mirbeau, jornalista e escritor.
Da Crítica Construtiva
O mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica.
Norman Vincent Peale, escritor americano.
Norman Vincent Peale, escritor americano.
Preconceito
Época triste a nossa, em que é mais difícil quebrar um preconceito do que um átomo.
Albert Einstein.
Albert Einstein.
Da Experiência
Experiência não é o que acontece com você, mas o que você fez com o que lhe aconteceu.
Aldous Huxley, escritor inglês.
Aldous Huxley, escritor inglês.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Mudança de idéias
"Eu mudo de idéia sempre que encontro uma melhor do que a minha"
Por Carlos Lacerda, governador do extinto Estado da Guanabara
Por Carlos Lacerda, governador do extinto Estado da Guanabara
domingo, 12 de outubro de 2008
Uma vida inventada - Maitê Proença
Não há nada mais primário e mesquinho do que enxergar os atos alheios pelo ângulo exclusivo da acusação.
A energia para transformar sonhos em realidade
Cada vez que falamos de um sonho, estamos usando um pouco da energia deste sonho para nos expressar. E certas pessoas, de tanto falar, gastam a energia necessária para agir.
Paulo Coelho em seu blog no g1.com
Paulo Coelho em seu blog no g1.com
sábado, 11 de outubro de 2008
Pequeno Dicionário de Palavras ao Vento - Adriana Falcão
Agonia - Quando o maestro que rege você se perde completamente.
Aquarela - Todos os quadros que não foram pintados ainda.
Aquário - Prisão de peixe que tem como desculpa ser vitrine.
Autocrítica - Quando se tira a vaidade do caminho para se enxergar melhor por dentro.
Autoridade - Gente vestida de importante, com cara de importante e jeito de importante, que pretende dizer e fazer o que é importante, mesmo que ninguém se importe com aquilo.
Azar - Desculpa que bota no destino a culpa daquilo que atrapalha a gente.
Bajulação - Frase com elogio demais que antecede outra que vai pedir alguma coisa em troca.
Balé - Quando corpo é lápis, espaço é papel e música é motivo.
Basta - Demonstração que, dependendo da entonação da pessoa, prova que agora ela encheu o saco e acabou-se.
Belo - Tudo que faz os olhos pensarem que são coração.
Bondade - Aquilo que sai do coração quando a torneira está aberta.
Cabisbaixo - Quando o chão é a única coisa que não incomoda a pessoa.
Calendário - Onde moram os dias.
Calma - Quando as agonias dormem profundamente dentro da gente.
Contradição - Quando se diz (ou se faz) uma coisa e o seu oposto como se as coisas e seus opostos fossem amigos de infância.
Demora - Quando o tempo emperra na impaciência da gente.
Dor - Tudo que dá vontade de dizer "ai" lá de dentro do peito, seja topada, perda, cascudo ou abandono.
Eclipse - Quando um astro acorda mais amostrado aquele dia e se mete na frente dos outros.
Educação - Português, matemática, ciências, geografia, história e, principalmente, gentileza.
Efêmero - Quando o eterno passa logo.
Eita - Comentário que escapa da boca atraído por alguma surpresa solta por aí.
Fidelidade - Um trato que você faz com você mesmo de cumprir os tratos que você fez com os outros.
Garantia - Quando alguém coloca uma certeza em algum lugar do futuro.
Gargalhada - Cascata de riso sem barragem.
Gene - Negocinho mínimo que determina para o resto da vida se a pessoa vai gostar de se olhar no espelho ou não.
Gente - Carne, osso, alma e sentimento, tudo isso ao mesmo tempo.
Gíria - Palavra formada de letras, como todas as outras, mas que é mais moderninha, dependendo da data.
Graça - Tudo que é dado e recebido com sorriso.
Grade - Que serve para prender todo mundo, uns dentro, outros fora.
Guerra - Onde gente ou é assassino ou é barata, como se isso fosse coisa bastante corriqueira.
Gula - Quando chocolate é mais importante que espelho.
Harmonia - Quando os olhos, os ouvidos, a boca e o coração sorriem ao mesmo tempo.
Homem - Bípede que tem a sorte, ou o azar, de se apaixonar perdidamente.
Honestidade - Qualidade de quem faz questão de ser digno de si próprio.
Horizonte - Linha que serve para evitar que o céu e o mar se misturem.
Ignorância - A sala de espera do conhecimento.
Imaginação - Todo filme que passa na cabeça da gente.
Impasse - Muro que se coloca entre você e a decisão, talvez só para ver até onde vai a sua vontade.
Ingenuidade - Quando o saber ainda está nu.
Intuição - Aviso que não avisa que vai avisar e vem sem certificado de garantia.
Invenção - Todo filhote de toda cabeça.
Jamais - Um "nunca mais" meio irritado.
Janela - Por onde entra tudo que é lá fora.
Jegue - Jumento que diria oxente, se jumento falasse.
Joaninha - Bichinho que deve ter nascido num dia em que a Criação estava especialmente bem humorada.
Lá - Onde a gente fica pensando se está melhor ou pior do que aqui.
Laço - Espécie de nó que quando é visível, enfeita, e quando é invisível, estreita.
Lacuna - Um nada que era para ser alguma coisa.
Lágrima - Sumo que sai pelos olhos quando se espreme um coração.
Lantejoula - O que a mulher veste quando pretende ser Lua naquela noite.
Lealdade - Qualidade de cachorro que nem todas as pessoas têm.
Lépido - Alguém que, por causa de uma alegria bem alegre, se sentiu coelho de repente.
Lógica - Quando pensamento é detetive.
Lucidez - Quando o pensamento não está fora de foco.
Mania - Atitude que pensa que é eco.
Medo - Sentimento anterior ao ato de enfrentar ou fugir que acomete tanto corajosos quanto covardes.
Melancolia - Valsa triste que toca dentro da gente de repente.
Metamorfose - Uma possibilidade borboleta que habita o mundo todo.
Nem - Quando sequer a última esperança deu as caras.
Nervosismo - Tempestade particular que revira tudo dentro da pessoa.
Nostalgia - Quando a alma da gente visita um sentimento passado. Ou será quando um sentimento passado visita a alma da gente?
Obrigação - Coisa que não deixa você sair assobiando por aí, sei lá para onde.
Ofensa - Quando a palavra é boa de mira e acerta exatamente na ferida.
Oportunidade - O que faz você se sentir gênio quando aproveita e cretino quando perde.
Ousadia - Quando o coração diz para a coragem "vá" e a coragem vai mesmo.
Ozônio - Camada que está virando peneira.
Página - Cada uma das pétalas de um livro.
Pai - Filho que cresceu de repente e quando vê já tem seu próprio filho.
Paquera - Quando, para corações mandarem recados, olhos viram pombo-correio.
Paranóia - Pensamento que gosta de ser carrapato.
Pecado - Algo que os homens inventaram e então inventaram que foi Deus que inventou.
Pensamento - Monólogo silencioso que não deixa a cabeça da gente em paz nem um minuto.
Percepção - Tudo que desperta o coração do cérebro.
Privilégio - Quando alguém é escolhido por motivo alheio a uni duni tê.
Procuração - Instrumento que serve para uma pessoa emprestar os seus sins e os seus nãos para uma outra.
Rancor - Quando o fundo do coração não consegue dizer "deixa pra lá".
Recém - Que acabou de virar agora.
Remorso - Quando a culpa fica gaguejando no coração da gente.
Resmungo - Queixa sílaba que escapole.
Resumir - Ato de desenfeitar o que é essencial.
Sacrifício - O que você deixa de fazer por você para fazer por alguém e divulgar depois.
Sério - Que dá vontade de rir, mas é proibido.
Silêncio - Quando os ruídos estão sem assunto.
Só - Você com uma porção de vocês em volta.
Suspiro - Gemido produzido por ser vivo quando sobra felicidade ou tristeza do lado de dentro dele.
Talvez - Resposta pior do que o "não", uma vez que ainda deixa, meio bamba, uma esperança.
Tédio - Um nada por dentro que não deixa ver nada lá fora.
Teoria - Explicação que a cabeça inventa para a boca não se sentir menos importante do que os olhos.
Teste - Simulação de ignorância só para verificar o conhecimento do próximo.
Testemunha - Quem, por sorte ou por azar, não estava em outro lugar.
Timidez - Guarita estrategicamente colocada entre você e os outros.
Tolerância - O tamanho do elástico da paciência das pessoas.
Trauma - Quando a gente não quer deixar para lá o que já ficou para lá.
Umbigo - Por onde mãe começa a fazer tudo pelo filho aproveitando a oportunidade dele ainda estar dentro dela.
Universo - Um só verso que contém toda a poesia deste mundo.
Urgente - Que não dá tempo de fazer xixi primeiro.
Vagabundo - Quem tem todo tempo do mundo para errar por aí, o que não quer dizer absolutamente que um errante não acerte.
Velhice - A conclusão mais feliz a que uma história pode chegar.
Verbo - A primeira coisa que Deus fez, e em seguida, como para cada palavra tinha que ter uma coisa, Ele teve que fazer uma porção de coisas, para ficar uma coisa para cada palavra.
Verdade - Aquilo em que você acredita, mesmo que eu acredite no contrário.
Vírgula - A respiração da idéia.
Zig-zag - O menor caminho entre dois bêbados.
Zoológico - Onde bicho é como se fosse quadro na parede.
Aquarela - Todos os quadros que não foram pintados ainda.
Aquário - Prisão de peixe que tem como desculpa ser vitrine.
Autocrítica - Quando se tira a vaidade do caminho para se enxergar melhor por dentro.
Autoridade - Gente vestida de importante, com cara de importante e jeito de importante, que pretende dizer e fazer o que é importante, mesmo que ninguém se importe com aquilo.
Azar - Desculpa que bota no destino a culpa daquilo que atrapalha a gente.
Bajulação - Frase com elogio demais que antecede outra que vai pedir alguma coisa em troca.
Balé - Quando corpo é lápis, espaço é papel e música é motivo.
Basta - Demonstração que, dependendo da entonação da pessoa, prova que agora ela encheu o saco e acabou-se.
Belo - Tudo que faz os olhos pensarem que são coração.
Bondade - Aquilo que sai do coração quando a torneira está aberta.
Cabisbaixo - Quando o chão é a única coisa que não incomoda a pessoa.
Calendário - Onde moram os dias.
Calma - Quando as agonias dormem profundamente dentro da gente.
Contradição - Quando se diz (ou se faz) uma coisa e o seu oposto como se as coisas e seus opostos fossem amigos de infância.
Demora - Quando o tempo emperra na impaciência da gente.
Dor - Tudo que dá vontade de dizer "ai" lá de dentro do peito, seja topada, perda, cascudo ou abandono.
Eclipse - Quando um astro acorda mais amostrado aquele dia e se mete na frente dos outros.
Educação - Português, matemática, ciências, geografia, história e, principalmente, gentileza.
Efêmero - Quando o eterno passa logo.
Eita - Comentário que escapa da boca atraído por alguma surpresa solta por aí.
Fidelidade - Um trato que você faz com você mesmo de cumprir os tratos que você fez com os outros.
Garantia - Quando alguém coloca uma certeza em algum lugar do futuro.
Gargalhada - Cascata de riso sem barragem.
Gene - Negocinho mínimo que determina para o resto da vida se a pessoa vai gostar de se olhar no espelho ou não.
Gente - Carne, osso, alma e sentimento, tudo isso ao mesmo tempo.
Gíria - Palavra formada de letras, como todas as outras, mas que é mais moderninha, dependendo da data.
Graça - Tudo que é dado e recebido com sorriso.
Grade - Que serve para prender todo mundo, uns dentro, outros fora.
Guerra - Onde gente ou é assassino ou é barata, como se isso fosse coisa bastante corriqueira.
Gula - Quando chocolate é mais importante que espelho.
Harmonia - Quando os olhos, os ouvidos, a boca e o coração sorriem ao mesmo tempo.
Homem - Bípede que tem a sorte, ou o azar, de se apaixonar perdidamente.
Honestidade - Qualidade de quem faz questão de ser digno de si próprio.
Horizonte - Linha que serve para evitar que o céu e o mar se misturem.
Ignorância - A sala de espera do conhecimento.
Imaginação - Todo filme que passa na cabeça da gente.
Impasse - Muro que se coloca entre você e a decisão, talvez só para ver até onde vai a sua vontade.
Ingenuidade - Quando o saber ainda está nu.
Intuição - Aviso que não avisa que vai avisar e vem sem certificado de garantia.
Invenção - Todo filhote de toda cabeça.
Jamais - Um "nunca mais" meio irritado.
Janela - Por onde entra tudo que é lá fora.
Jegue - Jumento que diria oxente, se jumento falasse.
Joaninha - Bichinho que deve ter nascido num dia em que a Criação estava especialmente bem humorada.
Lá - Onde a gente fica pensando se está melhor ou pior do que aqui.
Laço - Espécie de nó que quando é visível, enfeita, e quando é invisível, estreita.
Lacuna - Um nada que era para ser alguma coisa.
Lágrima - Sumo que sai pelos olhos quando se espreme um coração.
Lantejoula - O que a mulher veste quando pretende ser Lua naquela noite.
Lealdade - Qualidade de cachorro que nem todas as pessoas têm.
Lépido - Alguém que, por causa de uma alegria bem alegre, se sentiu coelho de repente.
Lógica - Quando pensamento é detetive.
Lucidez - Quando o pensamento não está fora de foco.
Mania - Atitude que pensa que é eco.
Medo - Sentimento anterior ao ato de enfrentar ou fugir que acomete tanto corajosos quanto covardes.
Melancolia - Valsa triste que toca dentro da gente de repente.
Metamorfose - Uma possibilidade borboleta que habita o mundo todo.
Nem - Quando sequer a última esperança deu as caras.
Nervosismo - Tempestade particular que revira tudo dentro da pessoa.
Nostalgia - Quando a alma da gente visita um sentimento passado. Ou será quando um sentimento passado visita a alma da gente?
Obrigação - Coisa que não deixa você sair assobiando por aí, sei lá para onde.
Ofensa - Quando a palavra é boa de mira e acerta exatamente na ferida.
Oportunidade - O que faz você se sentir gênio quando aproveita e cretino quando perde.
Ousadia - Quando o coração diz para a coragem "vá" e a coragem vai mesmo.
Ozônio - Camada que está virando peneira.
Página - Cada uma das pétalas de um livro.
Pai - Filho que cresceu de repente e quando vê já tem seu próprio filho.
Paquera - Quando, para corações mandarem recados, olhos viram pombo-correio.
Paranóia - Pensamento que gosta de ser carrapato.
Pecado - Algo que os homens inventaram e então inventaram que foi Deus que inventou.
Pensamento - Monólogo silencioso que não deixa a cabeça da gente em paz nem um minuto.
Percepção - Tudo que desperta o coração do cérebro.
Privilégio - Quando alguém é escolhido por motivo alheio a uni duni tê.
Procuração - Instrumento que serve para uma pessoa emprestar os seus sins e os seus nãos para uma outra.
Rancor - Quando o fundo do coração não consegue dizer "deixa pra lá".
Recém - Que acabou de virar agora.
Remorso - Quando a culpa fica gaguejando no coração da gente.
Resmungo - Queixa sílaba que escapole.
Resumir - Ato de desenfeitar o que é essencial.
Sacrifício - O que você deixa de fazer por você para fazer por alguém e divulgar depois.
Sério - Que dá vontade de rir, mas é proibido.
Silêncio - Quando os ruídos estão sem assunto.
Só - Você com uma porção de vocês em volta.
Suspiro - Gemido produzido por ser vivo quando sobra felicidade ou tristeza do lado de dentro dele.
Talvez - Resposta pior do que o "não", uma vez que ainda deixa, meio bamba, uma esperança.
Tédio - Um nada por dentro que não deixa ver nada lá fora.
Teoria - Explicação que a cabeça inventa para a boca não se sentir menos importante do que os olhos.
Teste - Simulação de ignorância só para verificar o conhecimento do próximo.
Testemunha - Quem, por sorte ou por azar, não estava em outro lugar.
Timidez - Guarita estrategicamente colocada entre você e os outros.
Tolerância - O tamanho do elástico da paciência das pessoas.
Trauma - Quando a gente não quer deixar para lá o que já ficou para lá.
Umbigo - Por onde mãe começa a fazer tudo pelo filho aproveitando a oportunidade dele ainda estar dentro dela.
Universo - Um só verso que contém toda a poesia deste mundo.
Urgente - Que não dá tempo de fazer xixi primeiro.
Vagabundo - Quem tem todo tempo do mundo para errar por aí, o que não quer dizer absolutamente que um errante não acerte.
Velhice - A conclusão mais feliz a que uma história pode chegar.
Verbo - A primeira coisa que Deus fez, e em seguida, como para cada palavra tinha que ter uma coisa, Ele teve que fazer uma porção de coisas, para ficar uma coisa para cada palavra.
Verdade - Aquilo em que você acredita, mesmo que eu acredite no contrário.
Vírgula - A respiração da idéia.
Zig-zag - O menor caminho entre dois bêbados.
Zoológico - Onde bicho é como se fosse quadro na parede.
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